30/04/2016

Cultura indígena será integrada ao ensino de História em instituição no interior do Amazonas


A professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Letícia Alves, está desenvolvendo um estudo, com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), com o objetivo de integrar os saberes indígenas às metodologias de Ensino dos conteúdos de História nas turmas de ensino Técnico e Tecnológico do Ifam de São Gabriel da Cachoeira.

De acordo com a professora, a integração irá permitir uma produção conjunta do conhecimento, promovendo a interdisciplinaridade enquanto prática de ensino.

“Viabilizar um espaço de interlocução entre alunos e professores dará a chance de efetivar os saberes indígenas no ensino de História, baseado em uma metodologia integrada para o Alto Rio Negro constituindo assim, um ensino e aprendizagem que forme verdadeiramente cidadãos capazes de “restituir” a dignidade da condição humana”, afirmou Letícia.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), São Gabriel da Cachoeira é o município amazonense com a maior parte dos habitantes de etnias indígenas e o município brasileiro com a maior concentração de diferentes etnias, como, por exemplo, os Arapaço, Baniwa, Barasana, Baré, Desana, Hupda, Karapanã, Kubeo, Kuripako, Makuna, Miriti-tapuya, Nadob, Pira-tapuya, Siriano, Tariano, Tukano, Tuyuka, Wanana, Werekena e Yanomami.

O projeto foi dividido em dez fases, dentre elas, foi realizada uma entrevista com os professores e alunos do Ifam do município para verificar o conteúdo referente ao conhecimento de saberes indígenas. Atualmente, Letícia está na fase de execução de oficinas sobre o Ensino de História com professores indígenas.

Segundo Alves, o diferencial do estudo está no trabalho que vem sendo realizado com 22 povos indígenas que vivem na região. “De acordo com o levantamento feito até o momento, posso salientar que não existem projetos de pesquisa que trabalhem o ensino de História articulado com os saberes indígenas de 22 etnias distintas culturalmente, etnicamente e linguisticamente, como o que estamos desenvolvendo agora”, disse.

O estudo visa contribuir com outras instituições fora do Amazonas, dada sua especificidade, pois irá inserir um ensino mais próximo à realidade do aluno indígena, ajudando na melhoria da compreensão, interpretação e contextualização dos conteúdos desenvolvidos em todo o ano letivo.

Para a pesquisadora, o estudo possibilitará, ainda, que os estudantes vejam o ensino de História a partir da perspectiva de sua cultura, como forma de subsidiar projetos de sustentabilidade social, cultural e ambiental das comunidades indígenas.

“A proposta da pesquisa está centrada na construção de uma metodologia para o ensino de História que articule os saberes indígenas com os conteúdos de História. Portanto, o nosso objetivo primordial é subsidiar a formação de professores para trabalhar com essa realidade pluriétnica, que demanda novas práticas pedagógicas a respeito dessas identidades”, disse Letícia Alves.

Fonte:Ada Lima / Agência Fapeam

Foto: Seduc-AM

29/04/2016

Fuinha causa curto circuito em acelerador de partículas do Cern


Uma fuinha é apontada como a responsável pelo desligamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), o gigantesco acelerador de partículas de US$ 7 bilhões que funciona num túnel subterrâneo na fronteira da França com a Suíça. O animal não sobreviveu à descarga elétrica.

De acordo com os documentos internos do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), que administra o LHC, o mamífero mordeu o cabo de um transformador de 66 mil volts, causando “perturbação elétrica grave”, por volta das 5h30 (00h30 no horário de Brasília).

Em entrevista à "New Scientist", o porta-voz do Cern, Arnaud Marsollier, disse que levará alguns dias para que o LHC volte a funcionar, mas que o equipamento está bem e será facilmente consertado.  

Criado em 2008, o acelerador tem 27 km de extensão e é considerado o maior experimento científico do mundo. Sua função consiste em colidir partículas no nível mais alto de energia já tentado, recriando as condições presentes no momento do Big Bang, que teria marcado o nascimento do universo, 13,7 bilhões de anos atrás.

Fonte: G1
Foto: Freepik

Tubarão que brilha no escuro pode usar luz para se comunicar, diz estudo



Uma pesquisa, liderada pelos cientistas do Museu Americano de História Natural, mostra que tubarões da família Scyliorhinidae emitem e são capazes de enxergar luz fluorescente emitida por seus corpos. É possível que eles usem essa capacidade para se comunicar com membros da mesma espécie em águas profundas. A experiência, publicada na revista "Scientific Reports", usou câmeras especiais que imitam os olhos do tubarão para registrar o fenômeno, que não pode ser visto pelos olhos humanos

O estudo focou na habilidade visual desses animais, mostrando que os seus olhos eram capazes de absorver a luz emitida pelos corpos dos outros. Usando uma técnica chamada microespectrofotometria, os pesquisadores conseguiram identificar uma variedade de pigmentos que permite que enxerguem em ambiente de pouca luz.

“Os olhos dos tubarões podem ser cem vezes mais eficientes que os nossos em condições de pouca luz. Eles nadam em áreas que são incrivelmente difíceis para o ser humano conseguir ver algo. Mas é onde eles têm vivido por mais de 400 milhões de anos, então eles se adaptaram a essa condição de luz”, contou David Gruber, autor do estudo e pesquisador do Museu Americano de História Natural.

Com essas informações, foi possível construir uma câmera especial que simula como os tubarões enxergam embaixo d’água. As imagens captadas mostraram contrastes nos padrões de fluorescência. A luz emitida era mais forte quanto maior a profundidade dos animais, sugerindo que eles não só podem enxergar a luz como conseguem usá-la para se comunicar com outros.

Fonte: G1
Foto:  J. Sparks, D. Gruber, and V. Pieribone

Mudança climática ameaça produção de cerveja

Cevada, água e lúpulo são ingredientes básicos da cerveja. Mas a planta aromática é sensível a oscilações do clima, e produtores dos Estados Unidos desenvolvem estratégias para contornar as ameaças às safras — e manter os preços.
“O lúpulo é o que gostamos de chamar de o tempero da cerveja”, conta Robbie OCain, cervejeiro-mestre da The Starr Hill Brewery, na Virgínia, uma das mais de 4.200 cervejarias dos Estados Unidos. O ingrediente acrescenta aroma e um ligeiro amargor à bebida. “Ele serve para dar equilíbrio, senão a cerveja seria bastante doce.”
A planta do lúpulo é uma trepadeira, que os cultivadores sustentam com varas e cordões, e dá flores verdes, de formato cônico. À distância, um leigo pode confundir as plantações com vinhedos. E, de fato, assim como as uvas, o lúpulo só prospera sob condições muito específicas.
O ingrediente é especialmente importante para as cervejarias americanas micro, nano e artesanais, especializadas em produtos com mais sabor, como as que vêm sendo abertas em praticamente todos os estados do país antes considerado verdadeiro deserto cervejeiro.
Mau tempo na Alemanha, boa safra nos EUA
Não faz muito tempo, parte dos produtores nacionais foi confrontada com notícias amargas: menores estoques de lúpulo à disposição e preços mais altos. “O ano passado foi péssimo para o cultivo na Alemanha: o tempo esteve muito ruim mesmo, cortando as safras entre 25% e 30%”, lembra OCain. “E nós usamos lúpulo alemão em todas as nossas lagers [variedade de cerveja de baixa fermentação].”
Por sorte, como a maioria das cervejarias estabelecidas, a Starr Hill fechara contratos fixando o fornecimento e os preços por vários anos. Em 2016, por exemplo, ela precisará de cerca de 20 mil quilos do produto para a produção das variedades pale ale, lager e stout. Porém as firmas menores ficaram em dificuldades para obter todo o lúpulo de que precisavam.
A história poderia ter um final feliz, pois em 2015 os plantadores americanos, por sua vez, produziram mais lúpulo do que a Alemanha, campeã tradicional do mercado. Contudo uma seca prolongada no oeste do país deixou apreensivos os cultivadores dos EUA.
Expandindo as áreas de cultivo
Em reação, os produtores americanos de lúpulo planejam construir mais reservatórios e adotar novas técnicas para conservar a água. “Com o uso de sensores de solo, os cultivadores podem monitorar minuciosamente a quantidade de umidade necessária à planta”, explica Ann George, que dirige a Hop Growers of America.
A organização é sediada no Pacífico noroeste, em que se cultiva 97% do lúpulo dos EUA. Ao leste das Cascade Mountains em Washington, Oregon e Idaho, o ar é seco, evitando que o míldio e outras doenças causadas por fungos ataquem as plantas. Em geral, a água necessária à irrigação flui livremente pelos córregos da montanha até os vales Yakima e Willamette, logo abaixo.
Nas noites de verão, o sol brilha até as 10 horas da noite na região. “Se você observar as principais zonas de cultivo do lúpulo, elas se concentram todas em volta do Paralelo 45. Isso é por causa da fotossensitividade da planta: nesta zona do planeta, ela floresce com muito mais abundância e rende safras bem maiores”, relata Ann George.
Contudo também em regiões onde as condições não são ideais, há agricultores americanos entrando no ramo do lúpulo. No estado da Virgínia, Stan Driver cultiva o produto para duas cervejarias nas Blue Ridge Mountains. A colheita ainda é pequenas, mas pesquisadores da vizinha Universidade Técnica de Virgínia também estão desenvolvendo variedades híbridas melhor adaptadas a essa região no Atlântico central.
Preparativos contra a mudança climática
Os cervejeiros, por sua vez, aproveitam a disponibilidade das flores recém-colhidas no campo, fazendo um ale especial com o assim chamado “lúpulo molhado”. “Usar lúpulo molhado é como usar ervas frescas em comparação com ervas secas: é uma explosão de aroma na cerveja”, descreve Driver.
O cultivo do lúpulo também começa a florescer em países como China, Argentina, Austrália e Nova Zelândia, complementando as safras dos “velhos” produtores Alemanha, EUA, Inglaterra, Bélgica, França e República Tcheca.
Especialistas saúdam a descentralização geográfica da produção, esperando que ela proteja o mercado das perdas regionais causadas pela mudança climática global. Os cervejeiros também experimentam diferentes variedades de lúpulo, assim como substitutos para outro ingrediente básico da bebida, a cevada, igualmente sensível a eventuais secas, tempestades e extremos de temperatura.
Os pequenos produtores de cerveja, por sua vez, vão se preparando para combater a mudança climática com a criação de um mercado online, o Lupulin Exchange, que compra excedentes de estoque de lúpulo de grandes companhias e os revende a cervejeiros artesanais de todo o mundo.
Autoria: Sandy Hausman (av)
Imagem: Freepik

Como a análise de dados na nuvem pode ajudar a vencer o câncer


Quando a atriz Angelina Jolie descobriu que carregava uma mutação defeituosa do gene BRCA1, seus médicos disseram que ela tinha 87% de chance de desenvolver câncer de mama.
Foi o suficiente para que a americana optasse por uma dupla mastectomia em 2013 e reduzisse o risco para apenas 5%.
Esse tipo de testagem genética agora pode ser feito mais rapidamente e a preços menores, dando a médicos a capacidade de planejar tratamentos com mais eficiência.
Combinado com a inteligência artificial e a computação em nuvem, o avanço tecnológico deu às companhias farmacêuticas as ferramentas para produzir drogas mais rapidamente e com maior chance de sucesso, bem como a oportunidade de médicos buscarem referência em padrões genéticos semelhantes antes de receitar tratamentos a pacientes com determinados tumores.
Genoma
Um beneficiário dessa nova abordagem é Eric Dishman, fundador do laboratório de pesquisas e inovação na área da saúde da empresa de tecnologia Intel.

Quando tinha 19 anos, Dishman foi diagnosticado com uma forma rara de câncer de rim. Ficou em tratamento por 23 anos e estava prestes a começar a fazer diálise quando uma companhia de tecnologia ofereceu-se para fazer o sequenciamento de seu genoma para ele.
Isso o ajudou a identificar o gene falho causando o câncer. E permitiu que médicos avaliassem quais drogas poderiam ser mais eficazes. Aos 47 anos e em remissão, Dishman está determinado a ajudar outros pacientes de câncer a ter acesso ao mesmo tratamento.
"Meus médicos nunca tinham feito qualquer coisa com a sequência genética antes. Descobrimos que 92% das drogas que eu estava tomando não iriam funcionar, mas eles não sabiam disso".
Levou três meses para que os médicos analisassem seu genoma e outros quatro para comparar os resultados com pacientes similares em outros hospitais nos EUA.
Dishman queria acelerar esse processo, então fundou a Nuvem Colaborativa do Câncer (CCC, em inglês), uma iniciativa lançada no ano passado pela Intel em parceria com a Universidade de Ciência e Saúde do Oregon (EUA).
A CCC possibilita a hospitais e instituições de pesquisa compartilhar de forma segura o mapeamento genético de pacientes e outros dados clínicos para ajudar em descobertas possivelmente salvadoras.
"Estamos usando a nuvem de maneira muito diferente. Se você olha ao redor do mundo, os maiores centros de estudos do câncer compartilham dados de forma que pessoas possam colaborar em pesquisas. O problema é que apenas 4% dos dados estão disponíveis".
Leia mais em G1
Fonte: Tom Jackson/Repórter de Tecnologia e Negócios da BBC
Imagem: BBC

Como concorrer a 8 meses de viagens ao redor do mundo


Não à toa, a competição foi batizada de Great Global Adventure Game: trata-se de um jogo e o prêmio é uma aventura global. E nada de formulários, exames padronizados ou cartas de recomendação para concorrer: o vencedor será selecionado com base em uma competição online.

Para participar, é preciso acumular pontos através de sete etapas de desafios online – cada um com duração entre 5 e 10 minutos. Podem participar estudantes com no mínimo 18 anos e que estejam na graduação ou que tenham se formado (em graduação ou pós-graduação) há no máximo 2 anos. O prazo final para completar a primeira etapa é dia 8 de maio.

O “jogo” é todo em inglês – uma vez que os participantes precisam ter o mínimo de domínio de idioma para viajar o mundo e realizar os estágios. Para participar, é preciso se registrar no site e responder uma série de questões de conhecimentos gerais e raciocínio lógico. Os candidatos que tiverem melhor desempenho serão convidados a participar de uma entrevista, durante a qual deverão responder a cinco questões pré-estabelecidas. Os vencedores desta etapa concorrerão pelo prêmio global através de uma dinâmica virtual.

O prêmio é a participação em dois estágios remunerados em escritórios da companhia seguradora AXA, com duração de no máximo seis semanas; a participação em um projeto social comunitário e até oito meses de viagens pelo mundo, a serem definidas pelo participante. O valor total do prêmio pode variar de acordo com o roteiro estabelecido, mas estima-se que gire em torno de 28 mil a 30 mil euros, incluindo tarifas de viagens e acomodação.

Além do prêmio global, também será oferecido aos melhores participantes de cada região um Prêmio Regional: um iPad ou outro equipamento tecnológico equivalente.

O vencedor de 2014 foi o inglês Will Moore, que começou sua aventura na China, fez seu primeiro estágio em Hong Kong, realizou um trabalho voluntário na Indonésia, e então está atravessando Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Mongólia, Europa e América até concluir a experiência com seu segundo estágio, no Vale do Silício. No momento, ele está passando pelo Brasil e compartilha, no seu Instagram, fotos da experiência.

A competição é promovida pelo grupo AXA, uma das maiores companhias de seguros do mundo, e que atualmente atende a cerca de 95 milhões de clientes particulares em mais de 60 países.

Confira mais detalhes sobre o desafio e participe aqui!

Imagem: Freepik

Lançamento de foguete Soyuz inaugura cosmódromo russo




Um foguete Soyuz 2.1a com a missão de colocar em órbita três satélites científicos partiu na manhã desta quinta-feira (28) do cosmódromo de Vostochni, inaugurando a nova base de lançamentos espaciais da Rússia.
"O lançamento do foguete foi um sucesso" e ocorreu na hora prevista, às 11h01 local (23h01 de quarta, 27, em Brasília), informou a agência espacial russa Roskosmos. "Os três satélites já estão em órbita".
As TVs russas difundiram imagens do foguete subindo em um céu azul.
Uma primeira tentativa de lançamento, na véspera, foi cancelada na última hora.

Vostochni, considerado um dos maiores projetos recentes do país, a um custo estimado em entre 4 e 5,3 bilhões de euros, foi construído no local da antiga base de mísseis soviéticos Svobodny-18.
As obras começaram em 2012 na vasta região pouco povoada. Cerca de 10.000 trabalhadores construíram 100 km de estradas, mais 100 km de ferrovias e uma cidade com capacidade para 25.0000 habitantes.
A principal vantagem do Vostochni é que se encontra na Rússia, o que permite a Moscou tornar-se independente do cosmódromo de Baikonur, alugado do Cazaquistão por US$ 115 milhões anuais desde a queda da União Soviética.

O sítio de Vostochni está mais perto da linha do Equador do que a base russa instalada em Plessetsk, no norte do país, o que facilita a colocação em órbita em relação a esta plataforma.
No entanto, o novo cosmódromo está além dos 51º de latitude norte, o que penalizará a capacidade de carga útil que se pode colocar em órbita com relação a Baikonur.
Com uma superfície total de 1.000 km², a nova base abriga, inicialmente, uma única plataforma de lançamento, destinada a foguetes Soyuz, o único atualmente utilizado para transportar humanos para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Em 2017, começará uma segunda fase de obras para construir uma nova plataforma de lançamento especialmente reforçada para o futuro lançador pesado Angara, que deve substituir o foguete Proton, considerado muito poluente e que sofreu vários incidentes nos últimos anos.
De qualquer modo, os primeiros voos de teste com foguetes Angara não vão acontecer antes de 2021, segundo a agência espacial russa.

Fonte: AFP
Foto: Kirill Kudryavtsev / POOL / AFP Photo

28/04/2016

SpaceX anuncia plano para enviar missão a Marte em 2018



A empresa americana SpaceX, do bilionário Elon Musk, anunciou nesta quarta-fera (27) em sua conta no Twitter que planeja mandar uma versão atualizada de sua cápsula Dragon para Marte já em 2018. A agência espacial Nasa vai oferecer apoio técnico para a missão não-tripulada. Musk há muito defende a colonização de Marte e já falava de mandar uma nave para o vizinho da Terra. Esta é a primeira vez, no entanto, que se fala em data para que isso aconteça.
A cápsula Dragon provavelmente será enviada a Marte com um foguete Falcon 9 da SpaceX, numa missão batizada de Red Dragon. "A Dragon 2 é desenhada para pousar em qualquer lugar do Sistema Solar", twittou Elon Musk. "Não recomendaria transportar astronautas para além a região da Terra e da Lua. Não seria legal para jornadas mais longas. Volume interno é aproximadamente o de um SUV".


Fonte: G1
Foto: SpaceX

Programa de Web TV debate temas sociais a partir de pesquisas acadêmicas


A difusão do trabalho de pesquisa científica é algo inerente à expansão e o acesso ao conhecimento, com isso, é necessário que as boas pesquisas sejam colocadas aos olhos da sociedade de forma que venha a contribuir com os avanços sociais. A comunicação e as ferramentas que ela dispõe, podem e devem ser usadas para este processo de propagação do conhecimento produzido pelos trabalhos de pesquisa acadêmica.
Estimulado em por estas ideias em práticas é que o jornalista Marco Gomes, lançou a cinco (5) meses o programa de Web TV, Bate-papo Acadêmico, é uma iniciativa que surge de forma pioneira e inovadora. Ele explica que o projeto do programa é debater temas sociais, mas a partir de trabalhos acadêmicos como artigos, TCCs, dissertações, e principalmente feito por jovens pesquisadores, “é comum programas de TV ou outros veículos de comunicação fazerem entrevistas como professores doutores ou profissionais gabaritados, mas ambas as opiniões são feitas a partir de falas alheias ao contraditório, muitas fezes sem embasamento científico, o que pretendemos é debater temas a partir da produção acadêmica feito por jovens universitários, é uma forma inclusive de estimular a iniciação científica”, diz Marco.
A pesquisa científica é um conjunto de ações e estudos que visam à descoberta de conhecimentos ou a refutação de pensamentos. No âmbito acadêmico, a pesquisa científica é uma das práticas da vida universitária, na qual os estudantes/pesquisadores se condicionam a produzir conhecimentos, desta forma acabam por contribuir em avanços científicos e sociais.
Para Marco Gomes, a produção acadêmica fica restrita quase sempre ao próprio âmbito universitário, e a sociedade fica na sombra de novos conhecimentos, “é preciso que os trabalhos acadêmicos sejam levados para a sociedade e até mesmo para outros pesquisadores, por isso o programa Bate-papo Acadêmico além de inovador é importante do ponto de vista da divulgação científica”. Ele completa ainda dizendo que: “tem sido tamanha a repercussão do programa que muitos estudantes nos procura pelas redes sociais ou por telefone pedindo para participar, inclusive fizemos recentemente gravações na cidade de Picos, a convite de professores e alunos, e temos convites para gravar em Amarante, e em outros estados com Ceará e Maranhão”, coloca Marco.
O projeto deste programa é uma das iniciativas do portal de notícias classista.org, que é coordenado pelo próprio jornalista. Que possui espaço para publicações de artigos acadêmicos e de opinião. Os vídeos das entrevistas são gravamos mensalmente, e tem como apresentador o professor Elton Arruda, e publicados semanalmente nas redes sociais Bate-papo Acadêmico, juntamente com as fotos da gravação e o link do trabalho publicado.
Fonte: Capital Teresina
Foto: Divulgação

Unicamp de Limeira inaugura sala de cinema gratuita e aberta ao público



A Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), campus da Unicamp em Limeira (SP), inaugura, nesta quarta-feira (27), uma sala de cinema com programação gratuita aberta ao público. A cerimônia de abertura acontece às 15h, com a exibição do filme Cidade dos Sonhos, às 16h30. A iniciativa foi inspirada na Casa do Lago, espaço cultural localizado no campus da universidade em Campinas (SP).
A sala de cinema, que terá 117 lugares, também poderá ser utilizada por todos os professores da universidade para atividades de ensinos nas próprias sessões programadas ou em apresentações extras previamente agendada para atender às necessidades da aula. As exibições dos filmes previstos pelos docentes vão entrar na programação oficial do Cine Vagalume e 40% dos lugares sempre serão reservados ao público em geral.
O professor do Núcleo Geral Comum e idealizador do projeto, Márcio Barreto, afirmou que a seleção dos filmes deverão ser selecionados por critérios técnicos, estéticos e culturais. “O novo espaço tem como objetivo proporcionar à comunidade interna e à população de Limeira e região vivências culturais, atividades de lazer e múltiplas percepções sobre a ciência”, disse, em nota oficial.

Veja a programação para maio:
04/05 – 19h40: A regra do Jogo. Jean Renoir. França, 1939.(Debate com os espectadores após exibição do filme).
11/05 – 19h40: Os imperdoáveis. Clint Eastwood. EUA, 1992.
18/05 – 19h40: O Iluminado. Stanley Kubrick. Reino Unido/EUA, 1980.
25/05 – 19h40: Taxi Driver. Martin Scorsese. EUA, 1976.

Fonte: G1 
Foto: Cristiane Kampf/Unicamp

"Canudinho mágico" detecta açúcar escondido em bebidas


Na última segunda-feira (25), o Hospital Infantil Sabará e a agência mcgarrybowen lançaram uma campanha nas redes sociais para alertar sobre os riscos do consumo excessivo de açúcar na dieta das crianças.

Para chamar a atenção do público, a agência criou um "canudinho mágico" que indica o açúcar escondido em bebidas como refrigerante, suco de caixinha e água de coco.

Foi criado um site em que os usuários podem, além de ver o vídeo da campanha, encontrar informações sobre obesidade infantil e dicas para uma alimentação saudável.

"O jovem brasileiro está consumindo 45% mais açúcar do que o recomendado, só com bebidas industrializadas. Ter consciência daquilo que estamos consumindo e oferendo para as crianças dentro e fora de casa, pode ter papel decisivo na saúde geral dos indivíduos", comenta Dr. Felipe Lora, endócrino pediatra do Hospital Infantil Sabará.

Confira o vídeo da ação:


Fonte: Adnews/Exame
Foto: Reprodução

Borboletas mostram nova tática de sobrevivência

Uma nova tática de sobrevivência acaba de ser descoberta em borboletas. É o que mostra um estudo com resultados publicados na revista Neotropical Entomology e coordenado por André Lucci Freitas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e por Carlos Eduardo Guimarães Pinheiro, da Universidade de Brasília (UnB).
A pesquisa, que contou também com pesquisadores da UnB e da University of New Orleans, teve apoio da FAPESP no âmbito do programa BIOTA.
Sabe-se que várias espécies de borboletas desenvolveram, em sua evolução, características como a liberação de toxinas resultante em um gosto “desagradável” para evitar a predação pelos pássaros. Esses insetos impalatáveis acabaram também alardeando sua toxicidade por meio da exibição de cores vivas. É como se avisassem os predadores sobre o gosto ruim.
As borboletas palatáveis, sob pressão da predação, também desenvolveram táticas de sobrevivência. São, por exemplo, mais rápidas. Passaram também a ter um padrão de formas e cores nas asas que as identificam como muito rápidas e difíceis de capturar.
As borboletas palatáveis e mais lentas seriam, naturalmente, os alvos preferenciais dos predadores. Mas, para sobreviver, elas também criaram os seus próprios estratagemas, como o “mimetismo de escape”, por meio da qual imitam as cores das não palatáveis.
Resumindo, as borboletas impalatáveis não precisam investir em estratégias de fuga. Por serem venenosas, podem se dar ao luxo de um voo lento. Já as palatáveis precisam ser rápidas ou imitar aquelas impalatáveis para não serem comidas. Mas o novo estudo mostra que nem sempre é isso o que ocorre.
Freitas, Pinheiro e colegas estudaram especialmente duas espécies de borboletas: Heraclides anchisiades capys e Parides anchises nephalion. A primeira é palatável e muito rápida. Já a segunda, não palatável, é lenta e muito venenosa.
Ocorre que, apesar das diferenças e de não serem parentes próximas, as duas espécies são muito parecidas em padrão de coloração. A veloz H. anchisiades exibe uma padronagem de asas que muito se assemelha à da venenosa P. anchises, uma habitante das regiões tropicais das Américas.
Isso não é exclusividade da H. anchisiades, pois muitas outras espécies imitam a P. anchises. É um exemplo clássico de mimetismo, onde a palatável imita a não palatável e ganha vantagens com isso. Porém, dentre todos os que imitam a P. anchises, aH. anchisiades é uma das mais rápidas e a que possui a maior distribuição geográfica nas Américas.
À primeira vista, a H. anchisiades parece associar a sua coloração à aparência de uma borboleta muito tóxica. Em termos de estratégia de defesa para afugentar predadores, trata-se do melhor de dois mundos.
A ave que ignorar o padrão de cores tóxicas e tentar predar a H. anchisiades acabará perseguindo uma borboleta muito rápida e gastar energia sem conseguir alimento. Ao usar o mimetismo para enganar as aves, essa borboleta minimiza ao máximo as chances de predação e pode se voltar a tarefas como alimentação e reprodução.
“A borboleta veloz imita a borboleta tóxica e, dessa forma, ganha vantagens adaptativas ao associar a sua velocidade a uma característica (a toxicidade) identificada pelas aves como gosto ruim”, disse Freitas.
Já a P. anchises é uma das borboletas mais venenosas da América tropical. Seu vôo é lento, sinal de que fugir dos predadores não é uma prioridade. Apesar disso, ela exibe uma padronagem que se assemelha à da veloz H. anchisiades.
Dado que a borboleta venenosa vive nos trópicos e a borboleta veloz em todas as Américas, o que seria mais provável? Que o último ancestral comum das velozes e palatáveis H. anchisiades mimetizou a impalatável P. anchises e a vantagem adaptativa advinda deste mimetismo levou a espécie a se espalhar pelas Américas.
A distribuição geográfica mais limitada da P. anchises parece sugerir uma segunda possibilidade. “Uma borboleta muito venenosa imitaria outra muito rápida e de ampla distribuição também para minimizar as chances de predação”, disse Freitas. É esta possibilidade que o estudo evidencia.
Sugerir que uma espécie impalatável possa mimetizar uma espécie palatável como tática de sobrevivência para ganhar vantagens adaptativas não é uma ideia que possa ser encontrada em um manual de biologia. Trata-se de uma tese original.
“Argumentava-se que o mimetismo de escape só existiria em espécies palatáveis. Nossa pesquisa sugere que, em diversos casos, uma espécie impalatável poder estar fazendo uso do mimetismo de escape. Com isso, a teoria do mimetismo muda e ganha em complexidade”, disse Freitas.
Dupla estratégia
O estudo promete causar discussão entre os especialistas devido a algumas constatações, segundo Pinheiro. “Diria que as principais contribuições de nosso trabalho são, em primeiro lugar, mostrar que a coloração das borboletas não está relacionada apenas a sua palatabilidade, mas que predadores associam suas cores à dificuldade que encontram para capturá-las”, disse.
“Em segundo lugar, o estudo indica que borboletas palatáveis podem convergir em sua coloração e formar tipos de mimetismo baseados na capacidade de escapar”, disse o pesquisador da UnB.
“Além disso, mesmo algumas borboletas impalatáveis podem também ser rápidas e usar as duas estratégias para evitar ataques de aves. O estudo levanta uma série de novas hipóteses para serem testadas em trabalhos futuros”, disse.
O artigo Both Palatable and Unpalatable Butterflies Use Bright Colors to Signal Difficulty of Capture to Predators (doi: 10.1007/s13744-015-0359-5), de Pinheiro CE, Freitas AV, Campos VC, DeVries PJ, Penz CM, publicado no Neotropical Entomology, pode ser lido em: link.springer.com/article/10.1007%2Fs13744-015-0359-5
Fonte: Peter Moon/Agência FAPESP
Foto: Freepik

27/04/2016

Arte e reflexões sobre o social são incentivadas desde cedo na escola



A música é porta de entrada para cativar alunos do ensino fundamental em relação à literatura, à poesia e às questões sociais. Esta foi a experiência do projeto Arte e Intervenção Social, do professor de Língua Portuguesa Daniel Carvalho de Almeida, realizado na Escola Municipal de Educação Fundamental (EMEF) Aurélio Arrobas Martins, em Itaquera, zona leste de São Paulo. O projeto despertou nos alunos o interesse e o gosto pela literatura, a poesia e a criação literária. Agora, eles escrevem poesias e outro gêneros de texto, e já publicaram dois livros.

Confira no vídeo a seguir:


Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Fonte: Valéria Dias/USP Online

Novas espécies de orquídea são descobertas em Manaus, diz Inpa


Duas novas espécies de orquídeas foram descobertas na região Amazônica. A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), nesta terça-feira (26). Descobertas foram publicadas em revistas científicas.
De acordo com a assessoria de instituto, o pesquisador Jefferson José Valsko, descobriu recentemente duas novas espécies de orquídea só nos arredores de Manaus. Ele é bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI) vinculado ao Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade (Cenbam) do Inpa/MCTI.

As espécies passaram ser chamadas de Dichaea bragae e Anathallis manausesis. Os nomes fazem homenagem ao pesquisador do Inpa, Pedro Ivo Soares Braga e a cidade de Manaus.

Segundo Inpa, a Anathallis manausesis é considerada uma das menores orquídeas da Amazônia. A sua flor possui três milímetros de tamanho, as suas folhas têm aproximadamente um centímetro e o caule pode chegar até seis milímetros.

"Nessa espécie, a presença de pelos no labelo foi uma característica importante para definir que se tratava de uma nova espécie", disse Valsko, por meio de assessoria.
A espécie foi encontrada na área do Projeto de Fragmentos Florestais (PDBFF/Inpa). Segundo Valsko o lugar é muito estudado por pesquisadores de outros segmentos, mas com poucos estudos sobre as orquídeas. A descoberta da Anathallis manausesis foi publicada na revista cientifica neozelandesa, Phytotaxa.

Dichaea bragae
A Dichaea bragae foi coletada ao norte de Manaus em uma área de floresta e floresceu em cultivo um ano após sua descoberta. A flor da Dichaea bragae mede cerca de cinco milímetros, a planta tem caule e as folhas grandes. “O gênero Dichae está sempre associada aos musgos, por isso é quase imperceptível no meio ambiente. A planta se camufla no tronco das árvores”, disse o pesquisador.
A descoberta foi publicada na revista científica do Inpa, Acta Amazonica.

Outras descobertas
Segundo Inpa, ao longo de quatro anos, foram descobertas mais três espécies de orquídeas na Amazônia por Valsko e pela equipe. Entre as espécies descobertas estão a Dichae Diminuta, Dichae fusca e a Anathallis roseopapillosa.

Foto: Jefferson José Valsko/Inpa
Fonte: G1 AM

Ouvido submarino pode ajudar a monitorar áreas preservadas

No Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, distante 42 quilômetros da costa, é proibido pescar. O local serve para reprodução de organismos aquáticos e permite-se apenas o mergulho com guias em dias e horários delimitados.
Como essa determinação nem sempre é seguida, a equipe do professor Linilson Padovese usa o local para testar um equipamento autônomo de monitoramento acústico submarino instalado no fundo do mar, desenvolvido no Laboratório de Dinâmica e Instrumentação (Ladin) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
“Detectamos, por exemplo, o ruído dos motores dos barcos entre 20h30 e 23 horas. Os pescadores chegam, desligam o motor, demoram de duas a três horas e vão embora”, diz Padovese.
O equipamento é composto por um hidrofone, uma espécie de microfone especial para captar ondas sonoras embaixo d’água, além de um conjunto eletrônico de gravação e baterias.
“O teste na Laje de Santos foi um dos primeiros experimentos que realizamos com o aparelho”, diz Padovese. Tudo começou quando o pesquisador pensava em estudar o processamento de sinais acústicos marinhos, uma área ainda incipiente no Brasil.
“O problema é que não existe fábrica de hidrofones e de equipamentos para hidroacústica no país e, no exterior, os aparelhos custam entre US$ 5 mil e US$ 30 mil, dependendo da configuração e uso.” Outro empecilho é que os hidrofones mais sofisticados, por terem uso militar em navios e submarinos, sofrem restrição comercial, precisando da autorização de venda dos governos onde estão as fábricas.
Padovese decidiu então desenvolver tecnologia própria nessa área. “Projetamos um gravador eletrônico, de baixíssimo consumo de energia, que registra os sons em cartões SD, iguais aos de câmeras fotográficas, que é instalado com pilhas alcalinas em um recipiente cilíndrico vedado”, explica.
“Fizemos alguns exemplares que foram cedidos, em parceria, para grupos de pesquisa e estamos monitorando experimentalmente a Laje de Santos e Alcatrazes [arquipélago no litoral norte paulista integrante da Estação Ecológica Federal Tupinambás, onde também não é possível pescar e navegar nas proximidades].”
Esses últimos possuem quatro cartões SD com capacidade para 128 gigabytes (GB) cada e pilhas para uma autonomia de até cinco meses de monitoramento contínuo. “O equipamento pode ser programado para realizar uma gravação contínua ou agendada”, diz.
Com essa estratégia, é possível manter o equipamento embaixo d’água por até um ano. O aparelho foi testado em relação à vedação em até 300 metros de profundidade, mas a instalação e a retirada na Laje de Santos e em Alcatrazes foram realizadas por mergulhadores a 20 metros.
Para o gestor do Parque da Laje de Santos, José Edmilson Mello Júnior, o hidrofone mostrou-se importante para a fiscalização e proteção ambiental. “O local é uma unidade de conservação de proteção integral e se a fiscalização parar um barco, mesmo que esteja apenas passando com apetrechos de pesca, os ocupantes podem ter os equipamentos apreendidos e recebem multa”, explica Mello Júnior.
Leia a reportagem completa em: revistapesquisa.fapesp.br/2016/04/19/sons-submarinos .
Fonte: Marcos de Oliveira/AGÊNCIA FAPESP
Foto: Lúcio Júnior/Poli-USP

Japão conclui mapa mais preciso da superfície terrestre em 3D


Duas entidades japonesas anunciaram a conclusão do mapa mais preciso de toda a superfície terrestre em três dimensões, tendo utilizado uma tecnologia pensada para o desenvolvimento de infraestruturas e para a prevenção de desastres naturais.

A empresa de novas tecnologias da informação NTT DATA e o Centro de Tecnologias de Detecção Remota do Japão (RESTEC) indicaram que a cartografia integral do globo terrestre inclui, pela primeira vez, toda a Antártida.

O mapa, batizado "AW3DTM" e iniciado em 2014 apenas para áreas delimitadas no continente asiático, empregou um modelo de elevação digital (DEM) com uma resolução de cinco metros e que utiliza mais de três milhões de imagens obtidas pelo satélite ALOS, da Agência Espacial do Japão (JAXA).

Esta tecnologia, segundo as duas instituições, permite uma "grande melhoria" da leitura dos mapas terrestres em três dimensões - até agora só havia versões disponíveis com uma resolução entre 30 e 90 metros -, estando já uma aplicação disponível para qualquer pessoa ou organização que queira obter dados cartográficos de quaisquer áreas geográficas.

Entre os serviços disponíveis estão também recriações em formato de mapa vetorial de edifícios e estruturas em 3D com resoluções entre os 50 centímetros e os dois metros, o que permite também realizar diferentes gêneros de simulações.

As aplicações do "AW3DTM" disponibilizam, por fim, o apoio a projetos de construção de infraestruturas, estudos de logística e de exploração de recursos, bem como a identificação de zonas de potencial risco em caso de desastres naturais, como inundações ou deslizamento de terras.

Fonte: Diário de Notícias
Foto: NTT Data, Restec

Estudantes de biologia encontram animais em extinção em São José


Dois estudantes de ciências biológicas estão fazendo um levantamento das espécies de animais encontrados no Parque Natural Municipal Augusto Ruschi (PNMAR) em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

O objetivo da pesquisa dos alunos é ter um conhecimento maior sobre os anfíbios e répteis que existem no parque, aumentando a proteção de algumas espécies em extinção que vivem na área de proteção ambiental.

O levantamento vem sendo feito desde maio de 2015 com encerramento no fim de 2016, e já foram registradas 31 espécies de anfíbios e outras 16 de répteis, no qual algumas espécies se encontram em risco de extinção, como é o caso do cágado da serra, gavião pega macaco, onça parda e jaguatirica, como são popularmente conhecidos.

“Quando o parque se chamava Horto Florestal e passou a ser Augusto Ruschi, se tornou uma área de proteção ambiental. Por isso, foi realizado um plano de manejo rápido, para se adaptar o parque às mudanças, e agora o plano que estamos realizando é a longo prazo, e por isso poderemos detalhar com precisão todos os tipos de espécies que lá existem”, afirmou o estudante de ciências biológicas Matheus Moroti.

A ideia de realizar as pesquisas surgiu durante as aulas da faculdade, quando os dois estudantes perceberam que o parque era uma extensa área ambiental, que não é conhecida por muitas pessoas e precisava ser mais bem explorada. As pesquisas serão usadas como trabaho para conclusão da faculdade e futuramente entregues ao parque.

“Conseguimos o apoio de ONGs e instituições e fomos desenvolvendo a nossa pesquisa. Durante o trabalho fomos encontrando diversas espécies, que não são tão fáceis de encontrar em qualquer ambiente de mata, como é o caso do papo-branco, a onça parda, o quati, entre tantos outros, que sofrem um pouco de pressão pela natureza”, disse o estudante.

Especialista
Os novos estudos possibilitarão o parque a abrir totalmente as portas para os visitantes, com construção de dormitórios para os cientistas e pesquisadores, além de sanitários e todas as adaptações necessárias para o público.

“Esse novo levantamento fará uma contagem total de toda fauna do parque, e a intenção é fazer em um período de até dois anos, adaptações para que todas as pessoas possam vir até a área sem agredir o meio ambiente e sua estrutura, coisa que antes não era possível” explicou Jeferson Rocha, o gestor da unidade de conservação.

Parque
O PNMAR é a primeira unidade de conservação ambiental de São José e abrange uma área de dois milhões de metros quadrados de mata atlântica preservada. Ele é localizado na Santa Cruz da Boa Vista, na zona norte da cidade. O agendamento para ida ao parque pode ser agendada pelo telefone 12 3909-4512, e outras informações estão no site da prefeitura.

Fonte: Do G1 Vale do Paraíba e Região
Foto: Matheus Moroti/Divulgação

26/04/2016

Pós-doutorado no Instituto de Física da USP com Bolsa da FAPESP


O Laboratório de Cristais Iônicos, Filmes Finos e Datação do Instituto de Física da Universidade de São Paulo oferece oportunidade para uma bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP, com duração de um ano.
A pesquisa está vinculada ao Projeto Temático “Geocronologia do quaternário da costa Sudeste e Sul do Brasil”, apoiado pela FAPESP e coordenado pelo professor Shigueo Watanabe.
Segundo Watanabe, datações de sedimentos geológicos pelos métodos de LOE (Luminescência Opticamente Estimulada), TL (Termoluminescência) e EPR (Ressonância Paramagnética de Spin) serão realizadas de várias amostras retiradas da costa Sul e Sudeste do litoral brasileiro, visando entender as formações de terraços, barreiras e outros face às flutuações do nível do mar no passado.
Candidatos devem ter conhecimentos em Física da Matéria Condensada, Engenharia de Materiais, dosimetria da radiação, análises espectroscópicas, métodos analíticos, métodos de datação e ensaio de materiais, além de experiência em datação, proteção radiológica, trabalhos de laboratório, desenvolvimento de trabalhos em grupo e orientação. Também é exigida fluência em inglês.
Interessados podem se inscrever até o dia 30 de abril de 2016. Mais informações estão disponíveis emwww.fapesp.br/oportunidades/1087.
O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 6.819,30 mensais e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação.

Foto: Wikimedia Commons
Fonte: Agência Fapesp

Brasil sobe quatro posições em ranking internacional de dados abertos


O Brasil subiu quatro posições no Open Data Barometer 2015 ocupando a primeira posição na América do Sul e atingindo o 17º lugar no índice que mede o impacto das iniciativas de dados abertos no mundo. No subcontinente, o Brasil vem seguido do Uruguai (19º), Colômbia (28º) e Chile (30º).

“O Ministério do Planejamento tem feito muitos esforços para promover a abertura e uso de dados junto aos órgãos que compõem toda a Administração Pública Federal”, disse o secretário de Tecnologia da Informação, Cristiano Heckert. “Saber que o Brasil tem se destacado em rankings internacionais na área dedados abertos traz uma injeção de ânimo para nós que estamos trabalhando por um governo com foco no cidadão, mais transparente e 100% digital”, completou o secretário.

De acordo com a terceira versão do Open Data Barometer 2015, os elementos avaliados e que qualificaram o Brasil em termos de dados abertos são a facilidade, a implementação e o impacto dos dados. No Brasil, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), por meio da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) trabalha para promover a Estratégia de Governança Digital (EGD). Dentro das principais ações da EGD, estão os acordos firmados com órgãos do Poder Executivo para que implementem a política de dados abertos pelo portal dados.gov.br.

“Desde o principio, a política de dados abertos no Brasil foi feita com participação social, e diversos órgãos se comprometeram a elaborar os seus planos. É bom lembrar que a sociedade também pode apoiar sugerindo quais temas devem ser abertos”, informou Heckert.

Os dados abertos do Brasil em outras medições

O Brasil subiu 14 posições no Índice Global de Dados Abertos 2015. O país ocupa agora o 12º lugar entre os 122 países e lugares que estão no ranking organizado pela Open Knowledge Internacional. Em 2014, o Brasil ocupava a 26ª colocação.

Fonte: Ministério do Planejamento
Imagem: Freepik

Música ajuda bebês a falar, revela estudo


A música ajuda os bebês no aprendizado da fala, revela um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, que observou o comportamento de um grupo de crianças em idade de amamentação que participaram de jogos que incluíam o uso de ritmos musicais.

Os pesquisadores compararam a evolução de um grupo de 20 menores de nove meses, aos quais ensinaram a reproduzir ritmos musicais em um pequeno tambor, enquanto um segundo grupo de 19 bebês, da mesma idade, recebeu outro tipo de brinquedos, como carrinhos ou cubos.

Uma semana depois desta experiência, os bebês foram submetidos a testes para determinar as áreas exatas do cérebro onde houve maior atividade.

Constatou-se que as crianças incentivadas a participar de jogos que envolviam música tiveram maior atividade nas regiões do cérebro importantes para o aprendizado da linguagem.

A linguagem, assim como a música, tem fortes características rítmicas, afirmam os pesquisadores. O ritmo das sílabas ajuda a distinguir os sons e a compreender o que uma pessoa diz e é essa capacidade de identificar os diferentes sons que ajuda os bebês a aprender a falar.

"Nosso estudo é o primeiro realizado em bebês que sugere que se expor a ritmos musicais pode melhorar a capacidade de detectar ritmos na linguagem", explica Christina Zhao, pesquisadora do Instituto de Aprendizado e Ciências do Cérebro (I-LABS) na universidade do estado de Washington (noroeste).

Zhao é a principal autora deste trabalho, publicado na revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos.

"Para adquirir a capacidade de falar, os bebês devem ser capazes de reconhecer os tons e os ritmos e ter a capacidade de se antecipar", explicou a pesquisadora.

"Isto significa que um estímulo musical precoce pode ter efeitos mais amplos nas capacidades cognitivas", acrescentou.

Fonte: AFP
Foto: Mamãe Online

Um brinde à ciência: festival vai tirar os cientistas das universidades


Os cientistas vão invadir restaurantes, cafés e bares de sete cidades brasileiras nos dias 23, 24 e 25 de maio. Serão três noites dedicadas a brindar a ciência durante o festival internacional de divulgação científica Pint of Science, que acontecerá este ano em Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Dourados (MS), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), São Carlos (SP) e São Paulo (SP). O Brasil é o único país da América Latina a participar da iniciativa, que será realizada simultaneamente em mais 11 países.

Em cada uma das sete cidades brasileiras, um grupo de voluntários está trabalhando para organizar diversos bate-papos com pesquisadores. O desafio deles é levar à população o conhecimento sobre questões que têm desafiado os cientistas, possibilitar que as pessoas esclareçam suas dúvidas diretamente com quem faz ciência e mostrar que a jornada de um pesquisador é repleta de encantos e desencantos, tal como toda trajetória humana.

“Nesta época de obscurantismo e acesso fácil à desinformação, o Pint of Science surge como uma oportunidade de ser uma vela na escuridão, diminuindo o abismo entre os cientistas e a sociedade”, ressalta a coordenadora da iniciativa no Brasil, Natalia Pasternak. “O evento também cria a oportunidade de estabelecermos uma comunicação mais informal, descontraída e humana, a fim de que possamos, todos juntos, oferecer um brinde à ciência”, acrescenta.

A iniciativa segue o modelo dos grandes festivais de música, em que os artistas se apresentam simultaneamente em vários palcos a cada noite. Só que, nesse caso, os artistas são os pesquisadores e demais participantes convidados para conversar com o público em cada restaurante, café e bar que vai abrigar o Pint of Science. Em vez de música, a sinfonia que será ouvida nesses palcos está ligada a átomos, genes, vírus, cérebro, sociedade, tecnologia, sustentabilidade, planetas, galáxias e muito mais. Haverá uma verdadeira orquestra de temas, que serão discutidos por um coral de vozes. Para conferir a programação de cada cidade, basta acessar o site . No Brasil, o evento é gratuito e as pessoas só pagarão o que consumirem nos locais em que acontecerão os bate-papos científicos, que começam sempre às 19h30.

Da Inglaterra para o mundo
A primeira edição do Pint of Science aconteceu na Inglaterra em maio de 2013. A ideia surgiu um ano antes, quando dois pesquisadores do Imperial College London, Michael Motskin e Praveen Paul, organizaram um evento chamado Encontro com pesquisadores. Nesse encontro, pessoas acometidas por Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla foram convidadas para conhecer os laboratórios dos pesquisadores e ver de perto o tipo de pesquisa que realizavam. A experiência foi tão inspiradora que os dois decidiram propor um evento em que os pesquisadores poderiam sair de seus laboratórios para conversar diretamente com as pessoas. Nasceu, assim, o Pint of Science.

A iniciativa rapidamente foi se espalhando para outros países e, no ano passado, o evento aconteceu pela primeira vez no Brasil, na cidade de São Carlos. Em 2016, voluntários das sete cidades brasileiras que abrigarão o festival abraçaram a ideia e contam com o apoio de várias instituições. Em âmbito nacional, a Elsevier está apoiando o Pint of Science.

Além do Brasil, os outros 11 países que vão participar da iniciativa nos dias 23, 24 e 25 de maio são: África do Sul, Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Irlanda e Itália. Nas três noites do festival, uma rede global com mais de 100 cidades será construída especialmente para brindar a ciência.

Mais informações: site www.pintofscience.com.br

Fonte: Denise Casatti / Assessoria de Comunicação ICMC
Imagem: Pint of Science

25/04/2016

Pós-Doutorado em Neuroanatomia na USP


Até o próximo dia 29, o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) recebe inscrições para uma vaga de Pós-Doutorado com bolsa da FAPESP.
O bolsista selecionado atuará no Laboratório de Neuroanatomia Funcional, junto à equipe do Projeto Temático Bases Neurais do medo e agressão, coordenado pelo professor Newton Canteras.
A equipe demonstrou recentemente que a inativação da parte ventral do núcleo anteromedial do tálamo (AMv) abole a aquisição da memória de medo relacionada a um predador e que lesões neuroquímicas centradas em áreas do córtex pré-frontal medial (CPFm) que recebem projeções do AMv – área pré-límbica (PL) e área cingulada anterior (ACA) – geram déficits acentuados no processamento da memória emocional.
Neste projeto, os pesquisadores investigarão se as áreas PL e ACA estão envolvidas na aquisição da memória de medo e, para tanto, irão propor o uso de técnica farmacogenética para silenciar a atividade neuronal antes da exposição ao predador (experimento 1).
Em seguida, examinarão o padrão de projeção dos neurônios ativos das áreas PL e ACA na aquisição da memória de medo, utilizando animais geneticamente modificados (experimento 2).
Uma vez realizado esse rastreamento funcional dos campos terminais do CPFm potencialmente envolvidos na aquisição da memória de medo, os alvos mais ativos do CPFm serão silenciados com técnica optogenética para averiguar a sua participação na aquisição da memória durante a exposição ao predador (experimento 3).
Serão empregadas estratégias com manipulação funcional das vias neurais envolvidas no paradigma de exposição ao predador, um dos modelos animais mais fidedignos para reproduzir experimentalmente efeitos sistêmicos residuais observados em pacientes que sofrem de estresse pós-traumático.
Para mais informações sobre o estudo e o processo de seleção, é necessário contatar o professor Canteras via e-mail:newton@icb.usp.br.
A oportunidade está publicada no endereço www.fapesp.br/oportunidades/1072.
O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 6.819,30 mensais e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação.
Fonte: Agência Fapesp
Imagem: Marcos Santos/USP