10/05/2016

Cientistas fazem células cancerígenas se autodestruírem


Uma equipe de cientistas dos Estados Unidos descobriu um possível fármaco que faz com que as células cancerígenas se autodestruam, segundo publicou nesta segunda-feira a revista "Proceedings of The National Academy of Sciences" (PNAS).

O novo composto químico age sobre as células cancerígenas com mais precisão do que qualquer tratamento existente, segundo a pesquisa feita por cientistas do Instituto de Pesquisa Scripps (TSRI), na Flórida.

O grande avanço deste possível remédio, que foi testado em animais, é a precisão, já que ataca diretamente as células que causam o câncer, inclusive as que permanecem ocultas, e não afeta às células saudáveis.

Esse composto químico ativa um mecanismo pelo qual as células cancerígenas "se matam" de forma "programada", explicou o professor Matthew Disney, que liderou a equipe de pesquisa.

A descoberta pode ser implementada nos principais fármacos contra o câncer utilizados na atualidade em tratamentos, de modo que melhorem a identificação das células cancerosas e atuem diretamente contra elas.

Isto significa que não seria apenas um tratamento eficaz, também atuaria diretamente sobre o tumor, com o que se minimiza o dano às células saudáveis.

Até o momento, os tratamentos de maior precisão exigiam um maior tempo de espera ou eram mais longos. No entanto, este composto melhora o tratamento em todos os sentidos: é mais rápido, mais eficaz e menos agressivo.

O tipo de câncer no qual o tratamento é mais efetivo é o câncer de peito de mais rápido crescimento, que representa entre 10% e 20% dos casos de câncer de mama.

Os pesquisadores do laboratório da Disney esperam que o fármaco, uma vez aprovado, possa ser aplicado no futuro a todos os tipos de tumores e inclusive para combater doenças virais graves como a zika e o ebola.

Essa descoberta foi possível com a aplicação da engenharia e da informática à medicina, uma estratégia na qual são pioneiros os laboratórios do TSRI, uma das das maiores organizações especializadas na pesquisa biomédica. 


Fonte: EFE
Imagem: hypescience