25/09/2016

Estudo traz esperança para pacientes com ictiose, doença de pele rara

Pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, desvendaram o mecanismo por trás de uma doença de pele rara que causa um grande impacto na vida do paciente.
A ictiose é provocada por uma mutação genética, que deixa a pele muito seca. Por causa desse ressecamento, a pele descama e fica com crostas parecidas com escamas.
 cientista Amy Paller, que estuda há 30 anos o distúrbio, descobriu que uma via (forma de reação) do sistema imunológico, chamada Th17, é muito ativa nesses pacientes e, quanto maior a atividade dessa via, maior a gravidade da doença.
A pesquisa, que foi feita em conjunto com a pesquisadora Emma Guttman-Yassky, da Escola de Medicina Monte Sinai, teve os resultados publicados este mês na revista "Journal of Allergy and Clinical Immunology".
Ensaio clínico com droga
Ao descobrir o caminho exato pelo qual os sintomas são produzidos, os pesquisadores selecionaram uma droga que já existe, o secuquinumabe, usado em outra doença de pele que também está relacionada à via Th17 do sistema imunológico: a psoríase.
A expectativa é que o medicamento seja ainda mais eficaz para ictiose, por isso a pesquisadora Amy Paller deve lançar um estudo clínico para testar a droga para pacientes com a doença.
"Esses pacientes ficam muito desfigurados por essa doença de pele", diz Amy. "Pode ser doloroso, causar coceira e infeccionar facilmente. Eles podem ter dificuldade de usar as mãos e andar."
Fonte: G1
Imagem: Freepik